Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Andreia Martins, Inês Moreira Santos - RTP

Este fim de semana, Israel atacou pela primeira vez o norte do Líbano. Ainda está por confirmar a morte do apontado sucessor de Nasralah, num ataque a Beirute. Várias explosões voltaram a agitar, esta madrugada, a capital libanesa. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.


Foto: Amr Abdallah Dalsh - Reuters

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por RTP

Segunda-feira, um ano depois

Passa esta segunda-feira um ano sobre o ataque surpresa do Hamas aos israelitas que desencadeou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel estão em alerta máximo, perante eventuais ataques que o país possa sofrer. 

Os ataques israelitas intensificaram-se, em várias frentes, este domingo, não só na Faixa de Gaza, como também no Sul do Líbano. Esta noite, bombardeamentos israelitas atingiram os subúrbios a sul de Beirute, no Líbano, e a aviação israelita também bombardeou, esta noite, instalações militares no centro da Síria. 

Por seu lado, o Hezbollah disparou rockets sobre o norte de Israel, incluindo na cidade de Haifa. O movimento xiita libanês lançou mais de 120 projéteis sobre Israel, ao longo de todo o dia. 

Um ano depois do reacender do conflito, são sete as frentes de conflito abertas: o Irão; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo sírio e as milícias que atuam no país; os houthis, no Iémen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
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por RTP

Um ano de guerra em Gaza. O sofrimento de ambos os lados

O dia 7 de outubro de 2023 marca Israel de uma forma pesada. Há ainda muitas famílias a viver na angústia de recuperar reféns do Hamas.

Os atentados concertados que mataram mil e duzentas pessoas são hoje designados pelo Hamas como o "Ataque Glorioso". Mas o que sobra desse dia é apenas sofrimento dos dois lados.

A ofensiva israelita que seguiu no território de Gaza matou mais de quarenta mil pessoas.

O enclave palestiniano está a ser arrasado. E para além das bombas, a fome também mata. Quase toda a população tem carências alimentares.
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por RTP

Reino Unido desaconselha todas as viagens a Israel e Gaza

O Reino Unido alertou os cidadãos neste domingo contra todas as viagens a Israel e aos Territórios Palestinianos Ocupados devido ao elevado estado de tensão e aos confrontos violentos na região. “A FCDO desaconselha todas as viagens para a área próxima da fronteira com Gaza e todas as viagens, exceto as essenciais, para o resto de Israel e os Território Palestinianos Ocupados”, afirmou.
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por RTP

Novos ataques israelitas a bairros no sul de Beiriute

Foram registados este domingo dois novos ataques nos subúrbios sul de Beirute quase uma hora depois do aviso israelita para a evacuação de locais que são considerados redutos do Hezbollah. "Aviões de guerra inimigos efetuaram dois ataques nos subúrbios do sul, o primeiro visando o bairro de Sainte-Thérèse e o segundo o bairro de Bourj al-Barajneh", noticiou a agência libanesa Ani.
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por Lusa

Aviação israelita bombardeia instalações militares na Síria

A aviação israelita bombardeou hoje instalações militares no centro da Síria, noticiou a agência de notícias oficial síria, SANA, citando fontes militares.

"Por volta das 20h05 de hoje (18h05 de Portugal Continental), o inimigo israelita lançou um ataque aéreo a partir do norte do Líbano e atacou várias instalações militares na região central" da Síria, segundo a fonte militar citada pela SANA, que confirmou danos materiais.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos deu conta de ataques a instalações militares nas províncias de Homs (duas) e Hama (uma), no total de três alvos.

"As explosões continuaram por cerca de duas horas e ainda há incêndios ativos em alguns pontos", segundo o Observatório, uma organização com sede em Londres e com uma rede de informadores dentro do país.

Em Homs, os alvos terão sido um armazém com armamento localizado em Shinshar, no sul da província, e um segundo armazém com munições na localidade de Al Shatay, no leste, adiantou a mesma fonte.

Em Hama, foi atacado um depósito de mísseis localizado a oeste de Al Salamiya, no leste da província, tendo os ataques causado explosões e a detonação secundária de projéteis, referiu ainda o Observatório, que também reportou um número indeterminado de vítimas.

O Observatório documentou treze ataques israelitas em território sírio no mês de outubro, sendo onze aéreos e dois terrestres, que resultaram na morte de nove combatentes, incluindo quatro do Hezbollah, um da Guarda Revolucionária iraniana, dois sírios colaboradores das forças iranianas, um militar sírio e um jornalista.

Além disso, cinco civis morreram, incluindo três mulheres, e nove outros ficaram feridos de diversas gravidades, indicou a mesma fonte.

Os ataques israelitas concentram-se na fronteira entre a Síria e o Líbano, segundo o comando militar de Telavive, para impedir a entrada de armamento da Síria para o Líbano.

Segundo uma contagem do Observatório, os grupos pró-Irão realizaram pelo menos 142 ataques contra posições dos EUA e dos seus aliados internacionais na Síria desde 07 de outubro de 2023, quando o atual conflito no Médio Oriente começou com um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas ao território israelita.

Israel iniciou na terça-feira uma incursão terrestre no Líbano contra o movimento islamita Hezbollah. O exército israelita declarou que nove soldados morreram em combates no sul do Líbano.

Israel e o Hezbollah têm trocado tiros através da fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque transfronteiriço do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que matou 1.200 israelitas e fez 250 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo militante Hamas e desde então já matou mais de 41.000 civis palestinianos, mais de metade dos quais eram mulheres e crianças, bem como cerca de 2.000 pessoas no Líbano, a maioria desde 23 de setembro, de acordo com as autoridades locais.
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Chefe da Força Quds do Irão incontactável após ataques em Beirute

O comandante da Força Quds do Irão, Esmail Qaani, está incontactável desde os ataques em Beirute dos últimos dias, adiantaram dois altos funcionários de segurança iranianos à agência Reuters.

Qaani viajou para o Líbano após o assassinato do líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, num ataque aéreo israelita no mês passado.

Um dos funcionários indicou que Qaani estava nos subúrbios do sul de Beirute, em Dahiyeh, durante um ataque que terá como alvo o alto funcionário do Hezbollah, Hashem Safieddine, provável substituto de Nasrallah na liderança do grupo xiita.

No entanto, Qaani não estaria junto de Safieddine durante o ataque. O alto funcionário do Hezbollah também está incontactável há vários dias.

Israel tem atingido vários alvos em Dahiyeh, enquanto prossegue a investida contra o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão.

A Força Quds é uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irão. Responde diretamente perante o líder supremo do Irão e supervisiona as relações com as milícias aliadas de Teerão em todo o Médio Oriente, incluindo o Hezbollah.
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Restrições de voo levantadas no Irão

As restrições aos voos foram levantadas no Irão depois de terem sido garantidas condições de segurança, informou a imprensa estatal esta segunda-feira, encurtando o período de cancelamentos de voos anunciado anteriormente pela Organização de Aviação Civil.

Previa-se que as restrições se prolongassem até às 6h00 de segunda-feira (hora local).
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por RTP

Israel interditou zonas militares fechadas junto à fronteira com o Líbano

A última madrugada foi de grande violência no sul de Beirute. Israel intensificou os ataques na capital, na zona sul do país e também na Faixa de Gaza.

Uma das cidades libanesas atingida pelos bombardeamentos é considerada Património Mundial pela UNESCO.

Por outro lado, a ONU no Líbano considera extremamente perigosas as ações de Israel no país.
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por RTP

RTP em Tulkarem. Campo de refugiados alvo de ataques israelitas

O campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia, tem sido alvo de ataques das forças israelitas.

Na última quinta-feira foram mortas 15 pessoas num único local. Telavive diz que 12 das vítimas pertenciam à Jihad islâmica e ao Hamas.

Os enviados da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias estiveram neste campo de refugiados, onde registaram a destruição causada por Israel.
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por RTP

Guterres quer acesso da Cruz Vermelha aos reféns detidos pelo Hamas

Foto: Forças de Defesa de Israel via Reuters

António Guterres quer que a Cruz Vermelha possa visitar os reféns israelitas nas mãos do Hamas.

Na véspera de se assinalar um ano do ataque do Hamas, há apelos ao cessar-fogo imediato e várias manifestações pela paz em todo o mundo.
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por RTP

Tensão em Israel na véspera de data marcante

Assinala-se esta segunda-feira um ano desde o ataque do Hamas em solo israelita. Uma ação sem precedentes que continua a ter ecos no conflito em curso no Médio Oriente.

A partir de Telavive, os enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Dias, sublinham a possibilidade de um ataque iminente de Israel contra o Irão.
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por RTP

RTP na fronteira. Libaneses estão a fugir para a Síria a pé

Foto: Mohamed Azakir - Reuters

A principal fronteira entre a Síria e o Líbano é o ponto de fuga para quem não consegue sair do país de outra forma.

Apesar dos bombardeamentos de Israel terem cortado a estrada, muitos libaneses, e sírios que regressam ao país, fazem o percurso a pé. Fugir da guerra no Líbano e procurar alguma segurança é a prioridade.

A reportagem é dos enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos.
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por RTP

Israel intensifica bombardeamentos no sul do Líbano e em Gaza

Foto: Amir Cohen - Reuters

Na véspera de se assinalar o primeiro aniversário do ataque do Hamas a Israel o conflito no Médio Oriente agrava-se.

As Forças de Defesa Israelitas (IDF) realizaram grandes ataques na Faixa de Gaza e sul do Líbano, onde o alvo é o movimento xiita Hezbollah.

Estas duas frentes de guerra fizeram uma centena de vítimas mortais. As próximas horas vão ser de grande tensão.
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por Lusa

Missão da ONU no Líbano preocupada com atividades das forças israelitas

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) manifestou hoje a sua "profunda preocupação" com as "recentes atividades" das Forças Armadas israelitas perto de um dos postos fronteiriços que controla.

"A UNIFIL está profundamente preocupada com as recentes atividades das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla inglesa) nas proximidades da posição 6-52 da missão, em Marun el Ras, Setor Oeste, dentro do território libanês", alertou a missão da ONU numa mensagem publicada na sua rede social X.

A UNIFIL sublinha que "as IDF foram repetidamente informadas desta situação através dos canais habituais".

A ONU tornou pública esta posição depois de vários `media` irlandeses terem referido a presença de 20 veículos militares israelitas, incluindo tanques e outros veículos blindados, e a instalação de uma posição de fogo barricada perto do posto controlado por militares da Irlanda.

A ONU enviou uma mensagem a Israel por via diplomática a partir de Nova Iorque, na sexta-feira, apelando ao fim da utilização destas posições para ataques, depois de as comunicações diretas entre as forças militares irlandesas e israelitas não terem surtido o efeito desejado.

No sábado, novos disparos tiveram origem na nova posição israelita e os tanques Merkava têm estado ativos na zona nos últimos dias, refere a televisão pública irlandesa.

Anteriormente, Israel tinha pedido à UNIFIL que se retirasse de "vários" postos de controlo ao longo da fronteira.

Em resposta, o Presidente da Irlanda, Michael D. Higgins, denunciou as "ameaças ultrajantes" feitas por Israel contra os "capacetes azuis" irlandeses.

Higgins criticou a "exigência de Israel de que toda a operação UNIFIL, mandatada pela ONU, parta".

"O contingente irlandês de 347 efetivos faz parte de uma força militar de 10.000 efetivos da UNIFIL", afirmou.

"É escandaloso que as Forças de Defesa de Israel tenham ameaçado esta força de manutenção da paz e tenham querido que se retirassem das aldeias que estavam a defender", afirmou o chefe de Estado irlandês.

O pedido de retirada "não é apenas um insulto à mais importante instituição mundial, que tem 193 Estados membros, mas também um insulto aos militares e às suas famílias que correram riscos para que todos possamos viver em paz e proteger os mais vulneráveis", acrescentou.

Em resposta, a embaixada israelita na Irlanda criticou as declarações "infundadas e inflamatórias" de Higgins e argumentou que o exército tinha pedido que as forças da UNIFIL "abandonassem as áreas de atividade militar para sua própria segurança e proteção".
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por RTP

UNICEF Portugal lançou um um apelo de apoio às vítimas do conflito no Líbano

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o número médio de crianças mortas por dia, no Líbano, duplicou, em relação ao número de crianças mortas por dia, durante o devastador conflito de 2006 naquele país.

A 29 de setembro, já tinham morrido mil e seiscentas pessoas, incluindo cento e quatro crianças, e mais de 346.200 pessoas já tinham sido deslocadas, mais de um terço das quais são menores.

De acordo com a UNICEF, as crianças no Líbano estão a suportar o peso da crise no Médio Oriente, porque as deslocações massivas têm afetado as escolas e instituições de ensino, que estão encerradas e transformaram-se em abrigos coletivos.

Por outro lado, a pressão sobre o sistema de saúde está a condicionar a capacidade de resposta aos feridos e às populações que precisam de assistência médica e hospitalar.

A escassez de água e de alimentos também afeta quem resiste aos ataques, no Líbano.
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Hamas assinala "ataque glorioso" na véspera do aniversário do 7 de outubro

O Hamas elogiou este domingo o "glorioso ataque" que levou a cabo há um ano, a 7 de outubro de 2023, contra Israel.

A mensagem de vídeo foi transmitida na véspera do aniversário deste ataque que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza.

O Hamas diz que o "glorioso ataque de 7 de outubro destruiu as ilusões que o inimigo tinha criado, convencendo o mundo e a região da sua superioridade e das suas supostas capacidades".

A mensagem foi veiculada por Khalil al-Hayya, membro do movimento islâmico palestiniano sediado em Catar.

No ano passado, a 7 de outubro, cerca de 1.200 pessoas, a grande maioria civis, morreram na sequência do ataque sem precedentes do Hamas. Mais de 250 foram levadas como reféns e dezenas continuam em cativeiro ao fim de 12 meses.

Este ataque levou à resposta israelita em Gaza, com mais de 40 mil mortos no enclave palestiniano, incluindo milhares de mulheres e crianças.
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Chefes de Defesa de Israel e EUA vão reunir-se no Pentágono na quarta-feira

O secretário de Defesa dos Estados Unidos anunciou este domingo que irá receber o homólogo israelita, o ministro da Defesa Yoav Gallant, na próxima quarta-feira, dia 9 de outubro. O objetivo é "discutir os atuais desenvolvimentos de segurança no Médio Oriente".

O anúncio surge numa altura em que Israel promete retaliar o ataque de mísseis do Irão na terça-feira. Esse ataque foi praticamente anulado pelos sistemas de defesa aérea de Israel e pela ajuda norte-americana na região.
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Netanyahu e Macron falaram ao telefone

O gabinete do primeiro-ministro israelita indicou que Netanyahu e Macron falaram ao telefone este domingo. O chefe de Governo israelita argumentou que qualquer imposição de limites e restrições ao país só serviria o Irão e os seus representantes.

No sábado, o presidente francês tinha afirmado que o envio de armas para Israel deveria ser interrompido, num esforço para encontrar uma resolução para o conflito em Gaza.

Hoje, ao telefone, Netanyahu disse a Macron que espera o apoio dos "amigos de Israel".

“Assim como o Irão apoia todas as partes do eixo terrorista iraniano, espera-se que os amigos de Israel o apoiem, e não imponham restrições que apenas fortalecerão o eixo iraniano do mal”, lê-se no comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita.

Por sua vez, o chefe de Estado francês destacou, da conversa telefónica, a importância de um "cessar-fogo", mas também a garantia de que "o compromisso de França com a segurança de Israel é inabalável".
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Voos de todos os aeroportos iranianos cancelados até segunda-feira de manhã

A Mehr, agência de notícias iraniana, indicou este domingo que todos os voos de aeroportos em território iraniano foram cancelados entre as 21h00 de domingo e as 6h00 de segunda-feira.

A informação é avançada pela agência de notícias iraniana citando um porta-voz da Organização de Aviação Civil do Irão.

De acordo com a mesma fonte, os voos foram cancelados devido a restrições operacionais, sem adiantar mais detalhes.

Na terça-feira, dia em que lançou o ataque de mísseis sobre Israel, Teerão impôs restrições ao espaço aéreo. A decisão de suspender os voos surge num contexto de tensão sobre uma possível retaliação de Israel.
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"Juntos venceremos". A mensagem do primeiro-ministro israelita aos soldados junto à fronteira com o Líbano

Numa visita à fronteira com o Líbano, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou este domingo perante os soldados: “Juntos venceremos”. Decorreu quase uma semana desde o início das operações terrestres do exército israelita no sul do Líbano.

“Há um ano, sofremos um golpe terrível”, afirmou em referência ao ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023.

“Nos doze meses seguintes, transformámos a realidade de um extremo ao outro. O mundo inteiro está impressionado com os golpes que deferimos nos nossos inimigos”, acrescentou Netanyahu.
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Israel reitera apelo à evacuação completa do norte de Gaza

Estima-se que até 300 mil pessoas permaneceram no norte destruído após os avisos israelitas que levaram cerca de um milhão de pessoas a fugirem para o sul.

“Estamos numa nova fase da guerra”, disseram os militares israelitas, de acordo com a Associated Press. “Estas áreas são consideradas zonas de combate perigosas.”
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ONU diz que lei humanitária foi violada em ataques ao Líbano

O responsável pela Agência para os Refugiados das Nações Unidas, Filippo Grandi, afirmou que os ataques israelitas ao Líbano violaram a lei humanitária internacional.
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Irão convoca embaixador australiano em Teerão sobre posição sobre ataque contra Israel

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão convocou o embaixador australiano em Teerão para debater o que considera ser a posição tendenciosa sobre o ataque contra Israel, informou a agência de notícias iraniana Tasnim este domingo.
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Papa Francisco apela a um cessar-fogo no Médio Oriente

O chefe da Igreja Católica recordou esta manhã o ataque do Hamas contra Israel, há um ano, e apelou à intervenção da comunidade internacional para travar o alastrar do conflito.

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Israel ameaça Irão com ataques semelhantes aos de "Gaza e Beirute"

O ministro da Defesa israelita ameaçou, nas últimas horas, o Irão com ataques semelhantes aos realizados "em Gaza e Beirute", segundo um comunicado do seu gabinete, no dia em que o primeiro-ministro visitou tropas na fronteira com o Líbano.

“Os iranianos não atingiram as capacidades da força aérea. Nenhum avião foi danificado, nenhum esquadrão foi posto fora de ação”, disse Yoav Gallant, a partir da base aérea de Nevatim, alvo do recente ataque de mísseis iranianos contra Israel.

Numa alusão ao ataque do Irão de terça-feira, o ministro da Defesa de Israel frisou que essas ações não vão dissuadir os israelitas.

“Quem pensa que uma simples tentativa de nos prejudicar nos dissuadiria de agir, deveria olhar para os nossos sucessos em Gaza e Beirute”, avisou o governante.

Israel já tinha dito estar a preparar a resposta ao ataque, que aumentou a troca de ameaças de represálias entre os dois países.
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Israel atacou campo de refugiados de Tulkarem na Cisjordânia

O campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia foi alvo dos bombardeamentos israelitas na última semana.

Num só ataque morreram 18 pessoas. Israel diz que a maioria pertencia ao Hamas e à Jihad Islâmica.
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Bombardeamentos israelitas atingem vários locais do Líbano

Esta terá sido a noite com os ataques mais violentos ao Líbano. Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos estão junto à fronteira com a Síria, onde também houve bombardeamentos.

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Noite violenta no Líbano. Ofensiva fez mais de 20 mortos e dezenas de feridos

Pelo menos 23 pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas na sequência da vários ataques israelitas durante a noite, no Líbano. O sul, mas também o norte do país, estiveram debaixo de fogo intenso.

O Governo libanês pede um cessar-fogo imediato e apela ao mundo para que "pressione Israel" a parar a ofensiva.
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Oito feridos em ataque armado na cidade israelita de Beersheva

Oito pessoas ficaram feridas este domingo num ataque armado na cidade de Beersheva, no sul de Israel, cujo autor foi “neutralizado”, segundo a polícia e os serviços de emergência israelitas.

“Várias pessoas ficaram feridas num ataque a tiros na estação rodoviária central de Beersheva”, disse a polícia num comunicado, citado pela AFP.

“O terrorista foi neutralizado e as forças policiais estão no local".

O exército israelita está em alerta este domingo, por medo de ataques, na véspera do primeiro aniversário do ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita que desencadeou a guerra em Gaza.
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Militares israelita emitem novos alertas de evacuação para regiões no sul do Líbano

O porta-voz militar israelita emitiu novos alertas para a retirada de moradores de cerca de 25 zonas no sul do Líbano , pedindo que os cidadãos se dirijam imediatamente para o norte do rio Awali (que fica ao norte da cidade de Sidon, no sul do Líbano).

“Qualquer um que esteja perto de membros, instalações ou armas do Hezbollah está a colocar a sua vida em perigo”, disse Avichay Adraee, citado pelo Guardian. “Moradores da vila, vocês devem evacuar as vossas casas".

“Informamo-vos sobre o momento apropriado e seguro para retornarem às vossas casas”, acrescentou Adraee.
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Palestina, Egito e Jordânia saúdam proposta de Macron de fim de envio de armas para Israel

O Ministério palestiniano dos Negócios Estrangeiros e Expatriados saudou as recentes declarações do presidente francês Emmanuel Macron, que pediu o fim do envio de armas para Israel e a busca de soluções políticas para acabar com o conflito na região. No mesmo sentido, o Egito e a Jordânia expressaram o apoio ao pedido de Macron de suspender a exportação de armas para Israel, diante das “graves violações do direito internacional” cometidas pelo Exército israelita na Faixa de Gaza e no Líbano.
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Scholz reitera apelos por um cessar-fogo em Gaza

O chanceler alemão, Olaf Scholz , reiterou os apelos por um cessar-fogo em Gaza antes do primeiro aniversário da guerra no Médio Oriente.

“Infelizmente, neste primeiro aniversário do ataque terrorista do Hamas a Israel, a paz ou mesmo a reconciliação no Médio Oriente parecem mais distantes do que nunca”, disse Scholz numa mensagem em vídeo, divulgada nas redes sociais.

O Governo alemão “continua a defender persistentemente um cessar-fogo, que agora deve finalmente acontecer”, acrescentou.

“Estamos em contacto próximo com os nossos parceiros internacionais para evitar uma nova escalada do conflito”, disse Scholz.



Na mesma mensagem, o líder alemão alertou para o crescente sentimento antijudaico na Alemanha, que tem sido um dos apoiantes mais incondicionais de Israel na Europa desde outubro passado.

“Nunca deve acontecer que cidadãos judeus aqui na Alemanha tenham que viver com medo e terror”, disse Scholz.

“Nós nunca aceitaremos antissemitismo e ódio cego a Israel. O povo judeu aqui na Alemanha tem a solidariedade total do nosso estado”, acrescentou.

Mais de 5.000 incidentes antissemitas foram registados na Alemanha em 2023, metade deles após os ataques de 7 de outubro, de acordo com Felix Klein, comissário do governo para a luta contra o antissemitismo.
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por RTP

Líbano adia início do ano escolar para novembro devido a conflito com Israel

O ministro libanês da Educação anunciou, este domingo, que 1,25 milhões de crianças, desde o infantário ao liceu, vão iniciar o novo ano escolar apenas no dia 4 de novembro, devido à guerra entre Israel e o Hezbollah.

"O Ministério não quer e não pode assumir a responsabilidade pelo perigo que ameaça" os alunos e os professores, "razão pela qual o novo ano letivo terá início em 04 de novembro" e não em outubro, declarou Abbas al-Halabi, numa conferência de imprensa.
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por Nuno Carvalho - Antena 1

Exército israelita atacou uma mesquita e uma escola na Faixa de Gaza

Quase um ano depois do massacre do Hamas em Israel, o exército israelita atacou uma mesquita e uma escola na Faixa de Gaza. Pelo menos 24 pessoas morreram e 93 ficaram feridas.

Na segunda-feira faz um ano que o Hamas matou 1.200 pessoas no sul de Israel
e fez 250 reféns, segundo úmeros das autoridades israelitas.

Mas as investidas israelitas em Gaza já fizeram cerca de 42 mil mortes e levaram à deslocação da quase totalidade da população do enclave - mais de dois milhões de pessoas, de acordo com números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

A Defesa de Israel diz que o exército está em alerta máximo. As autoridades de Telavive temem um possível novo ataque na segunda-feira.

E no sábado, milhares de manifestantes saíram às ruas nas principais cidades do mundo a exigir o fim do derramamento de sangue em Gaza e no Médio Oriente. Cerca de 40 mil pessoas marcharam pelo centro de Londres. Milhares reuniram-se em Paris, Roma, Manila, Cidade do Cabo e Nova Iorque. Também se realizaram manifestações perto da Casa Branca, em Washington, em protesto contra o apoio dos Estados Unidos a Israel.
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Momento-Chave
por RTP

Número de mortos na guerra em Gaza sobe para 41.870

Pelo menos 41.870 palestinianos foram mortos pela ofensiva militar de Israel em Gaza desde 7 de outubro, de acordo com os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza.
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por RTP

Israel diz que intercetou mísseis lançados do Líbano

Israel diz que intercetou com sucesso dois mísseis lançados do território libanês. Sirenes foram ouvidas entre Haifa e Hadera ao longo da costa.
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Momento-Chave
por RTP

Força aérea israelita confirma bombardeamentos em Beirute

A força aérea israelita publicou, entretanto, uma declaração sobre os ataques aéreos em Beirute, que parecem ter acabado por hoje.

"Durante a noite, caças da Força Aérea sob a orientação precisa da Divisão de Inteligência, realizaram uma série de ataques direcionados a Beirute contra vários depósitos de munições e outras infraestruturas terroristas na área", começa por se ler no comunicado.

Antes dos ataques, garantem as autoridades israelita, foram todas "muitas medidas" para reduzir o risco "de ferir civis não envolvidos, incluindo avisos antecipados à população na área".

"A organização terrorista Hezbollah coloca as suas armas e locais de produção em prédios residenciais no coração de Beirute e coloca a população da região em risco. A IDF continuará a atacar poderosamente, a danificar e a degradar as capacidades militares e a infraestrutura do Hezbollah no Líbano", conclui a nota cita no Guardian.
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por RTP

Milhares de pessoas protestam contra o conflito em todo o mundo

Quase a completar um ano desde que começou o conflito no Médio Oriente, com o ataque do Hamas em Israel, várias cidades em todo o mundo são, este domingo, palco de novos protestos, principalmente em solidariedade pelos povos palestiniano e libanês.
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Momento-Chave
por RTP

Ataque israelita a mesquita em Gaza fez mais de 20 mortos

A agência de defesa civil de Gaza afirmou que um ataque israelita a uma mesquita que tinha sido transformada num abrigo, no centro de Deir al-Balah, matou 21 pessoas.

"O número de mortos subiu para 21 e um grande número de feridos como resultado do bombardeamento da ocupação de uma mesquita que abrigava pessoas deslocadas em frente ao portão do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza central", disse o porta-voz da agência Mahmud Bassal.

Os militares israelitas confirmaram que atacaram a mesquita, alegando que o Hamas a estava a usar o edifício como centro de comando e controlo.
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Momento-Chave
por RTP

Primeiro-ministro libanês pede cessar-fogo após mais uma noite de bombardeamentos

O primeiro-ministro libanês apelou este domingo para que o mundo "pressione Israel" a "comprometer-se com um cessar-fogo", após uma noite de intensos bombardeamentos israelitas nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.

Um novo ataque israelita teve como alvo os subúrbios do sul de Beirute hoje de manhã, algumas horas depois de ataques noturnos extremamente violentos contra este bastião do Hezbollah, informou a agência noticiosa oficial libanesa ANI.

Na sua declaração, Najib Mikati elogiou também o Presidente francês, Emmanuel Macron, por "mais uma vez apoiar o Líbano" ao mencionar uma próxima cimeira internacional, reiterando o "apoio ao apelo da França e dos Estados Unidos" para uma trégua.
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por Lusa

Manifestações pró-Palestina prosseguem e com sinais de radicalismo

As manifestações pró-Palestina prosseguem um pouco por todo o mundo há um ano, inclusivamente com sinais de radicalismo e até de antissemitismo que causaram alarme nalguns países.

Na véspera do 1º aniversário do ataque do movimento armado islamita Hamas contra Israel, e da resposta deste país com uma invasão em Gaza que causou um desastre humanitário, que incendiou a opinião pública internacional, eis a trajetória dos protestos pró-Palestina em vários países europeus e nos Estados Unidos:

++ Alemanha ++

As manifestações de apoio à Palestina têm sido uma constante na Alemanha, principalmente em Berlim, desde 07 de outubro de 2023, nas ruas, em atos públicos, e até nas faculdades, estando a tornar-se mais radicais.

Na página da rede social Instagram do "Palästina Spricht", um movimento na Alemanha que se define como "político, feminista, democrático e antirracista", contam-se quase 60 mil seguidores. Na agenda do mês de outubro há diferentes ações praticamente todos os dias só em Berlim, entre elas várias manifestações.

Ramsis Kilani, um porta-voz deste grupo e apoiante da rede trotskista Marx21, descreveu os atos do Hamas a 07 de outubro do ano passado como "resistência palestiniana" e "uma das maiores campanhas de desinformação da história moderna".

As autoridades alemãs reprimem frequentemente as manifestações, invocando slogans antissemitas, incidentes violentos e tensões crescentes.

No entanto, os críticos argumentam que o governo e o sistema jurídico alemães podem ser demasiado sensíveis a esta questão, em grande parte devido à sua história na Segunda Guerra Mundial e aos seus esforços para defender Israel no rescaldo do Holocausto.

A Associação Alemã de jornalistas admite que o país está a assistir a uma "radicalização crescente da cena pró-Palestina", aconselhando estes profissionais a "nunca irem sozinhos a eventos palestinianos". Iman Sefati, repórter do Bild, assumiu ao "Jüdische Allgemeine" ter sido ameaçado com uma faca à porta de casa. O diretor do Tagesspiegel, Sebastian Leber, confessa ter recebido ameaças de morte por ter criticado os protestos.

Alguns políticos alemães também já foram alvo de ataques, como o vereador da cultura de Berlim, Joe Chialo, ou o gabinete do deputado do SPD, Lars Düsterhöft, em Berlim-Oberschöneweide, onde foi escrita a frase "condenamos a Alemanha pelo genocídio".

A Associação Federal de Centros de Investigação e Informação sobre Antissemitismo (RIAS) documentou 4.782 incidentes antissemitas na Alemanha em 2023. De acordo com a ZDF, isto representa um aumento de 80% em relação ao ano anterior. Segundo o órgão de comunicação alemão, mais de metade dos incidentes ocorreram depois de 07 de outubro.

As manifestações, mais ou menos numerosas, são quase uma constante na capital alemã e já há até quem as normalize. Esta semana a polícia disse estar a investigar cinco homens, em Berlim, suspeitos de crimes "por alegadas atividades pró-palestinianas".

As autoridades têm procurado reprimir os protestos que, revelam, incluem comentários e slogans antissemitas, e por vezes atos violentos. No entanto, os críticos acusam a polícia alemã de reprimir a liberdade de expressão revelando vídeos nas redes sociais.

++ Espanha ++

Os protestos contra "o genocídio em Gaza" têm sido mobilizados em Espanha pela Rede Solidária contra a Ocupação da Palestina (RESOP), uma plataforma que junta mais de 50 organizações espanholas, desde associações a sindicatos, e que em 20 de janeiro chegou a levar às ruas meio milhão de pessoas em 115 cidades do país, segundo os organizadores dos protestos.

As manifestações em Madrid e outras cidades têm tido como palavra de ordem "Israel assassina, a Europa patrocina" e têm tido também como alvo o primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, apesar de ser considerado um dos líderes europeus mais contundentes nas críticas a Israel no último ano e de ter liderado um grupo de países da Europa que reconheceu formalmente a Palestina como Estado em maio passado.

Os milhares de pessoas que têm saído à rua em Espanha consideram que a postura de Sánchez não é suficiente e pedem que Espanha acabe com qualquer relação (diplomática, comercial, desportiva) com Israel e que ponha fim "à compra e venda de armas e de tecnologia militar e de segurança" a Telavive.

As manifestações com milhares de pessoas foram recorrentes até maio passado, a que se juntaram os acampamentos de estudantes em universidades no mesmo mês.

++ Estados Unidos ++

Nos Estados Unidos, o auge dos protestos foi atingido entre abril e maio deste ano, com acampamentos em universidades de todo o país que levaram a uma forte repressão policial e à detenção de milhares de estudantes, que foram acusados de "antissemitismo" por várias autoridades.

Os alunos, que se autodominaram como "anti-sionistas", exigiam que as suas universidades cortassem os investimentos em empresas ligadas ao fabrico de armas para Israel ou companhias que lucrassem de alguma forma com o conflito em Gaza, mas essas exigências ficaram em grande parte por cumprir.

Desde então, os protestos em grande escala têm diminuído, apesar de continuarem a ser convocados em momentos-chave, como em agosto, durante a Convenção Nacional Democrata, em Chicago, quando milhares de manifestantes exigiram que o Governo de Joe Biden e Kamala Harris cortasse no apoio militar a Israel; ou na semana passada, durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, quando manifestantes pró-Palestina se reuniram em frente ao hotel onde o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava hospedado.

Nova Iorque, que concentra a maior comunidade judaica do mundo fora de Israel, tem sido palco de protestos desde o início da guerra entre Telavive e o Hamas, com grupos como o `Jewish Voice for Peace` a juntarem-se aos apelos por um cessar-fogo em Gaza e no Líbano.

O descontentamento de parte do eleitorado norte-americano face ao apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel ameaça ter repercussão nas eleições presidenciais de 05 de novembro, com milhares de ativistas a garantirem que não irão votar na vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, por causa do seu contínuo apoio a Telavive, direcionando o seu voto para candidatos independentes.

Essa insatisfação é visível desde as eleições primárias, no início do ano, quando milhares de democratas decidiram votar em branco, em protesto pela forma como o atual Governo tem apoiado Israel.

 

++ França ++

A França tem visto um declínio nos protestos pró-Palestina, após os bloqueios de universidades e escolas secundárias entre abril e maio por estudantes que pretendiam uma reação política e académica às operações militares israelitas contra Gaza, que qualificavam de "genocídio".

O movimento, inspirado nos protestos que agitaram as universidades nos Estados Unidos, atingiu a Universidade de Sorbonne e o Instituto de Estudos Políticos, Sciences Po, onde os campus universitários foram tomados pelos alunos através de acampamentos com tendas em Paris, Reims (nordeste) e Estrasburgo (leste).

Apesar de as manifestações pró-Palestina serem menos frequentes, o lema "Palestina livre" está presente em todas as manifestações realizadas na capital francesa pelos partidos de esquerda e esquerda radical (França Insubmissa -- LFI e Partido Comunista Francês) - com bandeiras, palavras de ordem, tendas e panfletos que tentam alertar para a situação em Gaza.

Numa das mais recentes mobilizações francesas, entre 07 e 08 de setembro, um ativista pró-palestiniano e fundador da publicação Islam et Info, Elias d`Imzalène, foi colocado sob custódia policial para ser julgado por incitamento público ao ódio em Paris, após um apelo para uma `intifada` ("revolta", em árabe) em França.

 

++ Itália ++

Em Itália, observa-se um aumento da tensão à medida que se aproxima o aniversário do 07 de outubro, que coincide com a escalada do conflito e a sua extensão ao Líbano, tendo já diversos responsáveis da comunidade judaica em Itália alertado para o risco crescente de atos antissemitas violentos.

Os receios aumentaram depois de, no último fim de semana de setembro, algumas centenas de ativistas se terem manifestado em Roma e em Milão, com os manifestantes nesta segunda cidade a observarem um minuto de silêncio em memória do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto nesse dia num ataque israelita no Líbano, e a empunharem cartazes com imagens de alguns famosos judeus italianos, entre os quais a senadora vitalícia Lilian Segre, sobrevivente do holocausto, acusados de serem "agentes sionistas".

"Todos os limites foram ultrapassados e o que aconteceu mostra o que podem vir a ser as marchas não autorizadas por ocasião do aniversário do 07 de outubro", reagiu a comunidade judaica de Roma, enquanto o líder da comunidade judaica de Milão, Walker Meghnagi, advertiu que se está "a um passo da caça aos judeus e de atos de violência aberta contra instituições judaicas religiosas e não religiosas e seus representantes".

Em Roma, a segurança em torno do bairro judeu e de outros locais judaicos foi reforçada, por receio de perturbações à ordem pública e potencial glorificação do massacre cometido pelo Hamas a 07 de outubro do ano passado. A decisão foi saudada pelo ministro do Interior e criticada por ativistas pela Palestina, com alguns grupos a ameaçarem desobedecer e sair às ruas.

No sábado, a polícia italiana lançou gás lacrimogéneo, usou canhões de água e bastões para dispersar manifestantes violentos, muitos com o rosto coberto, numa marcha pró-Palestina em Roma, que tinha começado de forma pacífica. O protesto reuniu cerca de 7.000 pessoas numa praça da capital italiana, sem desfile pelas ruas da capital, dado que as autoridades tinham blindado a zona com um forte dispositivo policial.

A merecer provavelmente ainda mais atenção das autoridades do que a efeméride do 07 de outubro estará o jogo de futebol entre Itália e Israel, para a Liga das Nações, agendado para 14 de outubro em Udine. As autoridades da cidade rejeitaram ser patrocinadoras da partida e autorizaram uma manifestação pró-Palestina a decorrer naquela cidade três horas antes do jogo.

++ Reino Unido ++

Os protestos de organizações britânicas como a Campanha de Solidariedade pela Palestina mobilizam regularmente milhares de pessoas pelo menos um sábado por mês, que têm sido essencialmente pacíficos e ecléticos, juntando ativistas políticos de esquerda, sindicatos, judeus e cidadãos comuns defensores de um cessar fogo e paz na região.

Mas os protestos também atraíram críticas devido a alguns cânticos considerados antissemitas e por alguns participantes mostrarem apoio ao movimento islamita Hamas, considerado uma organização terrorista no Reino Unido, o que resultou na detenção de dezenas de pessoas.

A polícia, sobrecarregada com a necessidade de manter a segurança destes eventos e de contra-protestos da extrema-direita, foi criticada igualmente por alegado "favoritismo" por autorizar as manifestações pró-Palestina de políticos pró-israel, incluindo a antiga ministra do Interior Suella Braverman.

 

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por RTP

Venda de armas a Israel. Netanyahu critica proposta de Macron

O primeiro-ministro de Israel criticou as declarações de Emmanuel Macron sobre a suspensão do fornecimento de armas a Telavive. Benjamin Netanyahu considera que são "uma vergonha".

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por RTP

Macron pede suspensão de fornecimento de armas a Israel

O presidente de França pediu, no sábado, que seja interrompido o envio de armas para o Médio Oriente. Alega que só assim se pode falar num cessar-fogo e manifesta-se solidário com o povo Libanês.

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Momento-Chave
por Lusa

Guerra no Médio Oriente. Doze momentos-chave de um ano de conflito em Gaza

Mahmoud Issa - Reuters

O conflito na Faixa de Gaza, desencadeado após o ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em Israel, há um ano, gerou ondas de choque na região, em particular o Líbano, também sob ofensiva israelita.

Eis alguns momentos-chave de um conflito sem fim à vista:

++ Ataque do Hamas ++

Na madrugada do dia 07 de outubro de 2023, cerca de um milhar de combatentes do Hamas infiltraram-se em Israel e realizaram massacres em cidades fronteiriças e num festival de música.

O ataque causou a morte de 1.139 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo números oficiais israelitas. O Hamas fez 251 reféns, que foram levados para a Faixa de Gaza, onde 97 continuam detidos, 33 dos quais mortos, segundo o exército.

Benjamin Netanyahu prometeu aniquilar o Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.

++ "Guerra ao Hamas" ++

Horas depois do início do ataque do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e quando ainda era desconhecida a extensão dos danos, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel estava "em guerra" com o Hamas.

"Cidadãos de Israel, estamos em guerra. Não numa operação, não são rondas de combates, é uma guerra. Estamos em guerra e vamos vencê-la", disse, num vídeo difundido nas suas redes sociais.

No mesmo dia, Israel iniciou ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que causaram cerca de 230 mortos, enquanto as milícias palestinianas lançaram mais de 3.000 foguetes.

Centenas de membros das milícias de Gaza e as forças israelitas prosseguiram lutas em mais de 20 pontos do território de Israel.

++ Ofensiva terrestre ++

O exército israelita anunciou uma ampliação das operações terrestres na Faixa de Gaza em 27 de outubro, em paralelo com o bombardeamento do enclave. Em resposta, o Hamas apelou, através de um comunicado, a uma "ação imediata", a nível internacional, para acabar com os ataques israelitas em Gaza.

Netanyahu alertou que a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza seria "longa e difícil", mas proclamou que o exército "destruirá o inimigo na terra e no subsolo".

++ Trégua de sete dias ++

Em 24 de novembro, teve início uma trégua de uma semana entre Israel e o Hamas. O acordo permitiu a libertação de 80 reféns israelitas ou com dupla nacionalidade, em troca da libertação de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Foram igualmente libertados 25 estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade, principalmente trabalhadores agrícolas tailandeses.

As tréguas permitiram a entrada, a partir do Egito, de mais comboios de ajuda humanitária, embora ainda insuficiente, segundo a ONU.

As hostilidades recomeçaram em 01 de dezembro, e, quatro dias depois, o exército israelita enviou tanques para o sul da Faixa de Gaza, em 4 de dezembro, onde intensificou os ataques aéreos e os combates terrestres.

++ Decisões judiciais internacionais ++

No dia 26 de janeiro, o Tribunal Internacional de Justiça, a mais alta instância judicial das Nações Unidas, decidiu impor medidas provisórias a Israel no âmbito da convenção do genocídio, na sequência de um pedido da África do Sul, a que se associaram outros países: Nicarágua, Bélgica, Colômbia, Turquia, Líbia, Egito, Maldivas, México, Irlanda, Chile, Palestina e Espanha.

O procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, pediu a 20 de maio mandados de detenção para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o então líder político do Hamas, Ismail Haniyeh (entretanto morto).

Também o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, e o chefe do gabinete político do Hamas, tiveram mandados de detenção emitidos por suspeita de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

++ As dificuldades de entrega e distribuição de ajuda ++

Em 29 de fevereiro, 120 pessoas foram mortas por fogo israelita, segundo o Hamas, durante uma distribuição de ajuda humanitária na cidade de Gaza. Israel afirmou que o comboio tinha sido invadido por uma multidão esfomeada e que os soldados tinham "disparado com precisão sobre vários suspeitos".

Sete funcionários da organização não-governamental norte-americana World Central Kitchen foram mortos a 01 de abril num ataque em Gaza, tendo o exército israelita admitido "um erro grave".

Apesar de a quase totalidade da população de Gaza (cerca de 2,2 milhões de pessoas) depender de ajuda humanitária, a ONU, a Cruz Vermelha e outras organizações internacionais têm reclamado que Israel dificulta a entrada de camiões com alimentos e medicamentos. Em maio, as Nações Unidas indicavam que a passagem de camiões tinha caído 67% - antes da ofensiva, entravam no enclave cerca de 500 camiões por dia.

++ Tensões na região ++

Os receios de um alargamento regional aumentaram a 13 de abril, quando o Irão lançou um ataque sem precedentes com `drones` e mísseis contra o território israelita, em represália por um ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, atribuído a Israel.

Pelo menos 14 pessoas foram mortas neste ataque na capital síria, incluindo "dois veteranos comandantes de guerra e conselheiros militares de alto nível na Síria".

Em 19 de abril, foram ouvidas explosões no centro do Irão. Teerão minimizou a notícia sem acusar diretamente Israel, que não reivindicou a responsabilidade.

++ Operações no Sul ++

A partir de 07 de maio, o exército israelita levou a cabo o que descreveu como incursões "direcionadas" na zona leste de Rafah, após semanas de expectativa e inúmeros apelos da comunidade internacional contra essa operação. Israel assumiu então o controlo do posto fronteiriço com o Egito, vedando uma passagem crucial para a ajuda humanitária.

Na noite de 26 para 27 de maio, um ataque israelita provocou um incêndio num campo de deslocados em Rafah, que causou a morte de pelo menos 45 pessoas, segundo as autoridades de Gaza. O exército declarou ter atingido dois oficiais do Hamas.

Em julho, o exército israelita atacou cinco escolas que albergavam pessoas deslocadas durante um período de oito dias, matando várias dezenas de pessoas, segundo fontes em Gaza, incluindo o Hamas. Outras operações em 22 de julho mataram 70 pessoas, segundo o Hamas.

++ Conflitos com aliados do Hamas ++

Desde o início do conflito em Gaza, os rebeldes Huthis do Iémen lançaram quase cem ataques com `drones` e mísseis contra navios no mar Vermelho e no Golfo de Aden, perturbando o comércio marítimo global nesta área estratégica. Aliados do Irão, os rebeldes dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos.

Em 19 de julho, reivindicaram a responsabilidade por um ataque com `drones` a Telavive, que matou uma pessoa. No dia seguinte, Israel bombardeou o porto estratégico de Hodeida, no Iémen, provocando um incêndio e matando seis pessoas, segundo os rebeldes.

Por outro lado, na fronteira israelo-libanesa, as trocas de tiros entre o exército israelita e o movimento islamita libanês pró-iraniano Hezbollah foram quase diárias desde outubro e intensificaram-se em julho.

Em 27 de julho, um ataque com `rockets` matou 12 jovens em Majdal Shams, uma cidade drusa nos Montes Golã sírios, em grande parte anexados por Israel. Acusado por Israel, o Hezbollah negou a responsabilidade.

No dia 30, um ataque de retaliação israelita matou o chefe militar do Hezbollah libanês, Fouad Chokr, perto de Beirute.

++ Morte do líder do Hamas ++

Em 31 de julho, o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerão. O ataque foi atribuído a Israel, que não comentou.

Uma semana depois, o chefe do Hamas em Gaza e mentor dos ataques de 07 de outubro, Yahya Sinwar, foi designado como novo líder político do movimento islamita palestiniano.

++ Reconhecimento da Palestina ++

Em 28 de maio, Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram oficialmente o Estado da Palestina, com o objetivo, sustentaram, de avançar para a paz no Médio Oriente. A Eslovénia também reconheceu a Palestina, em 04 de junho.

A Palestina é reconhecida como um país -- neste caso, como um Estado soberano -- por 144 dos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas, ou seja, quase três quartos dos Estados. O Governo português tem afirmado que esta é uma matéria em permanente avaliação.

A Palestina é um Estado observador não-membro da Assembleia Geral das Nações Unidas desde 2012, mas em 09 de maio, este órgão aprovou por ampla maioria uma resolução que garante novos "direitos e privilégios" à Palestina e pede ao Conselho de Segurança que reconsidere o pedido para adesão plena, como 194.º Estado-membro da ONU. Portugal votou a favor desta proposta.

 

++ Escalada no Líbano e resposta do Irão ++

Após 11 meses de trocas diárias de disparos entre tropas israelitas e o Hezbollah na fronteira israelo-libanesa, o conflito escalou, com Israel a atingir o grupo apoiado pelo Irão com uma série de ataques devastadores que desferiram um rude golpe na sua estrutura militar e expuseram falhas profundas dos serviços secretos.

Entre 17 e 18 de setembro, explosivos escondidos nos `pagers` e `walkie-talkies` do grupo mataram dezenas de pessoas e feriram milhares no Líbano, muitos dos quais membros do Hezbollah.

Israel iniciou depois uma campanha de ataques, principalmente no sul e leste do Líbano, sobre áreas residenciais onde o grupo tem uma forte presença, matando centenas e deslocando dezenas de milhares de pessoas.

Em 28 de setembro, Israel anunciou a morte de Hassan Nasrallah, que liderou o Hezbollah durante 32 anos, e que foi sucedido, de forma interina, pelo vice-líder, Naim Kassem.

Após dias de expectativa sobre qual seria a reação do Irão, Teerão lançou, na noite de 01 de outubro, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelo assassínio do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão, que, por seu lado, promete retaliar se for alvo de um ataque, aumentando assim os receios de uma propagação do conflito.

 

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por Lusa

Guerra no Médio Oriente. Homem tenta incendiar-se em Washington durante manifestação

Um homem, que se apresentou como jornalista, tentou incendiar-se em Washington, durante um protesto contra o apoio dos Estados Unidos a Israel e contra a guerra na Faixa de Gaza.

Quase duas horas depois do início da manifestação na capital norte-americana, no sábado, um homem ateou fogo ao braço esquerdo antes de transeuntes e a polícia conseguirem extinguir as chamas usando água e `keffiyehs`, lenços tradicionais palestinianos.

"Sou jornalista", disse o homem, citado pela agência de notícias France-Presse, denunciando a desinformação em torno do conflito. A polícia disse que os "ferimentos não eram fatais".

Cerca de três mil pessoas manifestaram-se em frente à Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos, para exigir o fim da guerra na Faixa de Gaza e do apoio norte-americano a Israel, que afirmam tornar o país cúmplice de um genocídio.

A marcha em Washington foi uma das muitas que se realizaram no sábado ou que estão previstas para hoje e segunda-feira em todos os Estados Unidos e em centenas de cidades do mundo, a propósito do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel.

As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em Nova Iorque, milhares de pessoas marcharam também em solidariedade com os palestinianos no famoso bairro de Times Square, algumas transportando fotografias de pessoas mortas pela ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

O ministério da Saúde do Governo do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou no sábado um novo balanço de quase 42 mil mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase um ano.

A polícia de investigação dos Estados Unidos, o FBI, alertou na sexta-feira para a possibilidade de atos "contra a segurança pública" no país e pediu à população que preste atenção "à sua volta a toda a hora e comunique atividades suspeitas às autoridades".

Também no sábado, manifestantes e ativistas juntaram-se na capital do México e pediram ao Governo liderado pela nova Presidente Claudia Sheinbaum que rompa as relações diplomáticas, económicas e políticas com Israel.

A marcha, que decorreu no centro da Cidade do México, foi de solidariedade e apoio à Palestina, mas também ao Líbano, à Síria, ao Iémen, ao Irão "e aos países vítimas do neocolonialismo imperialista, criminoso e genocida pelos Estados Unidos, Israel, Inglaterra e governos da Europa", observaram os organizadores.

Até ao momento Sheinaum não se pronunciou sobre o conflito, mas o antigo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu em diversas ocasiões a manutenção de uma posição neutra.

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Momento-Chave
por RTP

Guterres pede fim do "derramamento de sangue" em Gaza e no Líbano

O secretário-geral das Nações Unidas apelou ao fim da "violência chocante" e do "derramamento de sangue" na Faixa de Gaza e no Líbano, dois dias antes do primeiro aniversário do ataque que desencadeou o conflito.

"Este dia é uma oportunidade para a comunidade internacional condenar mais uma vez em voz alta os atos abomináveis do Hamas, incluindo a tomada de reféns", disse António Guterres, num comunicado, exigindo a "libertação imediata e incondicional" dos reféns, ao mesmo tempo que apelou ao Hamas que "permitisse que o Comité Internacional da Cruz Vermelha visitasse estes reféns".

"Desde 7 de outubro, foi desencadeada uma onda de violência chocante e derramamento de sangue", disse Guterres. "É tempo de libertar os reféns (...) É tempo de silenciar as armas. É tempo de acabar com o sofrimento que tomou conta da região", acrescentou.

Esta guerra, continuou o secretário-geral da ONU, "ainda está a destruir vidas e a infligir profundo sofrimento humano aos palestinianos em Gaza e, hoje, ao povo libanês".



Guterres, declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita, reiterou o compromisso da ONU em alcançar "uma solução duradoura para o conflito em que Israel, a Palestina e todos os outros países da região possam finalmente viver em paz, dignidade e respeito mútuo".
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por RTP

Pelo menos 33 mortos em ataques israelitas em Gaza

Pelo menos 33 pessoas morreram devido aos bombardeamentos levados a cabo pelo Exército de Israel esta madrugada na Faixa de Gaza, disse uma agência de notícias palestiniana. As autoridades médicas palestinianas disseram à Wafa que pelo menos 18 pessoas foram mortas, incluindo várias crianças, e dezenas ficaram feridas num bombardeamento israelita contra uma mesquita que albergava deslocados em Deir al-Balah, uma zona central da Faixa de Gaza.
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